quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Crítica - The Following (Primeira Temporada)



     No dia 19 de janeiro, a série The Following volta à tela da FOX americana exibindo a premiere de sua segunda temporada. Criada por Kevin Williamson, o roteirista da franquia de terror "Pânico", The Following fez algum barulho com sua primeira temporada, entrando na lista dos vinte programas mais vistos da TV americana. E aqui vão os meus motivos para você NÃO dar uma chance para a série.


     A história é a do serial killer Joe Carroll (James Purefoy, de "Solomon Kane - O Caçador de Demônios") que escapa do corredor da morte e volta a cometer seus crimes, os quais são sempre inspirados na obra de Edgar Allan Poe. Então, é chamado de volta à ativa, para contê-lo, o ex-agente do FBI que o prendeu: Ryan Hardy (Kevin Bacon, de "Sobre Meninos e Lobos"). Desta vez, porém, Joe utilizou seu tempo na prisão para criar um culto em volta de si e conquistar seguidores que o ajudassem a cometer seus assassinatos.

     O primeiro episódio da temporada é excelente, não há como negar. Seu enredo observa o primeiro ato de Carroll ao fugir: perseguir a única sobrevivente de seus crimes anteriores. O episódio é movimentado e abre espaço para a criação de uma pesada tensão entre os dois protagonistas, fundada principalmente na qualidade do texto, na revelação de todo o grande plano do assassino e na dissecação dos personagens - Joe é um carismático vilão que vê todo o sentido no que faz, Ryan é um atormentado e solitário anti-heroi. Há ainda espaço para algumas interessantes reviravoltas e tudo parecia seguir um caminho interessante de série policial.

     Entretanto, com o passar dos episódios toda essa expectativa começa a cair por terra. Os primeiros até conseguem manter um pouco da sensação de frescor e qualidade da premiere, todavia, com o passar do tempo, o que dá para sentir assistindo à série é apenas que estamos sendo feitos de bobos. São utilizados à exaustão os mais variados clichês policiais e não há qualquer pingo de originalidade. Os problemas não seriam estes se, pelo menos, não insultassem nossa inteligência, né?

    O roteiro da série começa a se apoiar em saídas fáceis e no irreal. Aqui temos uma polícia americana absurdamente incompetente - incontáveis vezes os seguidores de Carroll conseguem fugir do FBI e, inclusive, se infiltrar em meio às suas equipes táticas. E, claro, toda vez que a situação complica para os vilões, aparece algum novo seguidor do serial killer que "sempre-esteve-ali-aguardando-esse-dia-chegar" para retardar as investigações, impedir o resgate da vítima etc. Isso sem mencionar que a primeira metade da série se apoia na tentativa de resgatar uma pessoa sequestrada e a segunda no... resgate de outra pessoa sequestrada.

     Quanto às interpretações, Bacon está bem, mas nada de outro mundo. Purefoy está naquela interpretação "fácil" de vilão simpático e não dá qualquer profundidade ao personagem (cinismo e sorrisinho não contam, tá?). Os destaques interpretativos para mim foram Natalie Zea (a ex-mulher de Joe, que é apaixonada por Ryan) e Annie Parisse (policial que acompanha Ryan nas investigações) que tornam suas personagens, as quais não são lá muito exploradas pelo roteiro, interessantes.

     Para finalizar, o maior motivo para não chegar perto da segunda temporada: o final cretino da primeira. Ok, já que eu estava sofrendo mesmo, que fosse até o fim para ver o que acontecia, né. E simplesmente fizeram uso de... saídas fáceis. O confronto final (que de final não terá nada) se resolve de maneira tola e... nem vou falar nada da "surpresa" final. Medíocre. Mais uma série medíocre de fácil digestão para o grande público.

Nota: 5/10

Nenhum comentário:

Postar um comentário