quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Lista - Os Piores Filmes Lançados no Brasil em 2012

    Para começar esse post: eu não saio por aí vendo qualquer porcaria! Não esperem mesmo que eu tenha gasto meu suado dinheirinho para assistir "As Aventuras de Agamenon" ou outro lixo que o valha. Na verdade, nem se fosse de graça. Então nem todos aqui são exatamente merdas colossais (mas, cuidado, fazem um pouco de mal aos olhos!)


10. MIB³ - Homens de Preto 3 (Men in Black 3, 2012)




    Ok, é um filme simpático. De verdade. Tem um roteiro bem simples e comum: voltar ao passado para resolver problemas do presente. Além disso, as competentes atuações dão um quê a mais e ajudam a tornar a projeção um momento agradável.
    Porém, numa análise mais fria, voltamos à dois problemas: convencional demais e com uma comédia excessivamente boba. A história não consegue animar o espectador de maneira regular, alcançando apenas alguns ápices (sobretudo quando cria laços com a realidade, usando celebridades - Andy Warhol, Lady Gaga... - e fatos - como a vitória dos Mets na World Series). 
    Já o humor, por muitas vezes resvala em saídas fáceis e bem "Zorra Total". Apesar disso, não deixa de ser um filme simpático - como já disse -, principalmente em seus momentos finais.

Nota: 5/10




9. Cavalo de Guerra (War Horse, 2011)




    O filme é Spielberg de corpo e... não tem nada de Spielberg na alma. É um longa tecnicamente impecável (a Fotografia é maravilhosa e os efeitos especiais também) e que tenta colocar um diferente ponto de vista às guerras. Não há exatamente um personagem central, há a guerra. Sendo ela mostrada a partir do destino do tal cavalo.
    Os personagens rotativos lá estão para tentar expor variadas situações típicas desse período de tormenta, entretanto eles só tentam mesmo. A proposta de discutir, observar, analisar; logo é deixada de lado para dar espaço ao sentimentalismo. 
    É exatamente isso que torna o filme irritante. Não que sentimentalismo seja ruim por si só, mas paciência tem limite, né?! Só faltou colocarem alguém cortando cebola na frente da poltrona do cinema...
   
Nota: 5/10




8. Sombras da Noite (Dark Shadows, 2012)




    O trailer desse já era o prenúncio da decepção que seria: Tim Burton, menino, acorda para a vida!
    A história é fraca, os momentos de comédia não são inspirados e a direção de arte, apesar de digna de elogios, convenhamos, mantém a média de sempre dos filmes de Tim Burton.
    Johnny Depp mais uma vez repetindo cacoetes de outrora, cede espaço para a segura Michelle Pfeiffer tomar conta do filme. Também há de se destacar o ótimo prólogo.

Nota: 5/10








7. Paraísos Artificiais (idem, 2012)




    Não dá para saber se esse filme está além da capacidade dos seus realizadores ou se, de fato, ele é só uma obra rasa e pretensiosa.
    A história é comum e, a partir dela, pipocam na tela mil e uma tentativas de complicá-la, maquiá-la... enfim, "cultizá-la". Tentativas, é claro, das mais óbvias e que parecem ter sido retirada de alguma cartilha hollywoodiana tosca: narrativa não-linear, intenso uso de cores, planos não usuais e exploração dos sentidos.
    Em nada disso há grande sucesso. A narrativa sem cronologia se mostra desnecessária, com a tentativa de "esconder" o final de cada segmento, embora logo no primeiro minuto já se consiga adivinhá-los. Já nas cores e planos, há de se qualificar o trabalho da Fotografia. Nas atuações, só Nathalia Dill salva.

Nota: 5/10





6. Valente (Brave, 2012)




    Pixar?! Tá tudo bem por aí?! É com essa história fraca e sem sal que vocês queriam se reerguer pós-Carros 2?! Uma farofa com os segmentos típicos da Disney, só que piorada.
    Lições de moral e enredo bobo se misturam à uma técnica impecável (de fato, é visualmente belíssimo); formando um híbrido que beira o insuportável. Em dado momento de sua (obrigado!) curta duração, me perguntei "é só isso?". Infantil demais, moralista demais... passa longe de lembrar Wall-E ou Up, para ficar só nos sucessos mais recentes.

Nota: 5/10








5. A Dama de Ferro (The Iron Lady, 2011)




    Bom, é aquilo que todo mundo disse... Streep está soberba, a parte técnica é positiva e ainda temos um inspirado Jim Broadbent como coadjuvante. O problema é, apesar de tudo isso, o filme é ruim. Muito ruim. 
    O roteiro tropeça nas próprias pernas e não chega a lugar algum, tanto pelo lado biográfico, quanto pelo político. A direção de Phyllida Lloyd também ajuda: fraca e equivocada. Por fim é uma decepção que só Meryl Streep consegue salvar do total fiasco.

Nota:5/10








4. Histórias Cruzadas (The Help, 2011)




    Minha crítica "feliz" e "alegre" aqui.










Nota: 5/10








3. Hotel Transilvânia (Hotel Transylvania, 2012)





    Acho que tem algum problema com as animações desse ano... assim não dá. Mais uma trama boba, infantil e irritante. Bom, isso já é perceptível pela cara de abobalhado do Drácula aí no poster, né?
    É um festival de piadinhas sem graça, gritaria e morais gastas. Ainda bem que não fui em quem pagou o ingresso para esse, porque seria um dinheiro muito mal gasto.
    Não dá para compreender o retrocesso atual nas animações: depois de tantos sucessos que se encaixavam tanto para os adultos, quanto para as crianças; fazer longas tão fracos e segmentados é, inclusive, comercialmente inexplicável. 2013, seja melhor conosco!   

Nota: 4/10





2. Atividade Paranormal 4 (Paranormal Activity 4, 2012)





    Eu gosto dessa franquia. Sério. Os filmes em primeira pessoa já passam longe de serem criativos, mas conseguem causar muito mais tensão que os convencionais. Isso é um fato - e ficar batendo na tecla da "técnica batida" e "por que eles não desligam?" é estúpido. É a base do gênero, e não é isso que deve ser julgado, de modo geral.
    Num filme de terror, coloco quatro bases para sustentá-lo: tensão, sustos, roteiro e atuações. Nesse quarto filme, tudo fica num nível inferior aos anteriores. Baixa tensão, sustos esparsos e com pouco sucesso, roteiro remendado e cópia estrutural do que veio antes, e atuações que não saem do mesmo.
    Já tá na hora dessa série acabar. Se os anteriores colocavam elementos simples que os mantinham num mesmo nível (câmera giratória...), esse é puro fracasso.

Nota: 3/10




1. A Era do Gelo 4 (Ice Age: Continental Drift, 2012)



    Nunca gostei muito de "A Era do Gelo" e não seria no quarto (!) filme que algo mudaria. Ainda mais quando ele é a reciclagem da reciclagem da reciclagem.
    Não há qualquer coisa que dê identidade ao longa que apresenta todos os pecados que um filme infantil pode ter e que só se salva por apresentar um humor simples, porém eficiente.
    História medíocre e mal desenvolvida, morais batidas, personagens que já perderam a graça e o segmento de Scrat, que mais parece um daqueles curtas da Pixar, só que eterno.
    Já mais que passou da hora de acabar, né?

Nota: 3/10

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