quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Análise - Resoluções de 2012

    Não sei se alguém vai lembrar, mas no final de 2011, bem no começo do blog, eu fiz um post falando dos dez filmes que eu mais queria ver em 2012 (link aqui). Passou 2012, eu assisti a esses dez filmes e... tá na hora de ver para onde foram minhas expectativas.

10. A Dama de Ferro (The Iron Lady, 2011)






    Bom, é aquilo que todo mundo disse... Streep está soberba, a parte técnica é positiva e ainda temos um inspirado Jim Broadbent como coadjuvante. O problema é, apesar de tudo isso, o filme é ruim. Muito ruim. 
    O roteiro tropeça nas próprias pernas e não chega a lugar algum, tanto pelo lado biográfico, quanto pelo político. A direção de Phyllida Lloyd também ajuda: fraca e equivocada. Por fim é uma decepção que só Meryl Streep consegue salvar do total fiasco.

Nota:5/10







9. Tão Forte e Tão Perto (Extremely Loud and Incredibly Close, 2011)






    Daldry cada vez mais mostra ser um bom contador de histórias, enquanto diretor. A história do menino (Thomas Horn, num bom trabalho) em busca da última "caça ao tesouro" deixada pelo seu pai, morto no atentado às torres gêmeas, em 2001; é muito bem dirigida por ele. 
    O drama, embalado pela brilhante trilha de Alexandre Desplat, se mostra doce e emocionante. Num filme que cumpre o que promete, Max von Sydow se destaca em seu papel.



Nota: 7/10






8. Os Descendentes (The Descendants, 2011)







    Crítica, no blog, aqui.








    Nota: 8/10






7. O Artista (The Artist, 2011)







Crítica, no blog, aqui.








Nota: 8/10






6. Prometheus (idem, 2012)






    Ridley Scott dirigindo a prequel de Alien. Ridley Scott que se especializara em lançar filmes ruins nos últimos anos. Ridley Scott que volta aos eixos, em termos.
    O longa é ótimo, enquanto ficção científica: bons efeitos, roteiro que se coloca em comparação simultânea com o clássico 2001: Uma Odisseia no Espaço e com a própria franquia que o gerou. Insere temas interessantes na roda e abre espaço para uma sequência que promete muito.


Nota: 8/10






5. Os Vingadores (The Avengers, 2012)






    Na verdade, na verdade, o longa que reúne os herois da Marvel, foi exatamente o que eu esperava. O problema é que isso não é necessariamente bom. 
   Ok, pancadaria. Ok, piadas (por vezes toscas). Ok, efeitos especiais excelentes. Ok, ação bem conduzida (na maior parte das 'tentativas'). Tá, e o quê mais?     
    O filme de Joss Whedon não foi nada mais do que um típico da Marvel com anabolizantes. Divertido em sua duração, e só.


Nota: 6/10






4. A Invenção de Hugo Cabret (Hugo, 2011)






    Esse filme é o que é: uma belíssima homenagem ao cinema, guiada pelas mãos de Martin Scorsese, que, mais uma vez, faz um trabalho magnífico na direção.       
    Além disso, a parte técnica do longa é magnífica, principalmente a Fotografia, e nele há o melhor uso do 3D que o cinema já teve. 
    Sim, é infantil até demais em alguns momentos, mas nada que diminua a sua beleza como obra.



Nota: 8/10






3. Dark Shadows (Sombras da Noite, 2012)






    Esse aqui, na verdade, eu só assisti ontem, porque o trailer é péssimo e me desmotivou absurdamente. E o filme não foi tão melhor, não.
    A história é fraca, os momentos de comédia não são inspirados e a direção de arte, apesar de digna de elogios, convenhamos, mantém a média de sempre dos filmes de Tim Burton.
    Johnny Depp mais uma vez repetindo cacoetes de outrora, cede espaço para a segura Michelle Pfeiffer se destacar. Também há de se destacar o ótimo prólogo.



Nota: 5/10






2. Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (The Dark Knight Rises, 2012)






    É a conclusão épica da trilogia que realocou os padrões de qualidade para filmes de super-herois. O tom psicológico se adensa num filme que não preza tanto pela ação, mas sim pelo caos. 
    A sociedade atual e suas paranoias, aqui delineadas, dependentes de um Batman falho como ela, contra um vilão bem trabalhado (mas que passa longe da força dramática do Coringa).                                                 Há falhas (até demais) em sua concepção, principalmente de roteiro, mas a epicidade encontra níveis altos num filme que fecha uma trilogia que tirou a marca Batman do limbo cinematográfico pós-filmes do Schumacher.


Nota: 8/10





1. O Hobbit: Uma Jornada Inesperada (The Hobbit: An Unexpected Journey, 2012)






    Decepção do ano. É um resumo do meu sentimento para a primeira parte dessa nova trilogia de Peter Jackson.
    Os erros são muitos, então é melhor citar os acertos: a maravilhosa técnica dos 48fps, que tornam a imagem muito mais realista; a parte técnica num modo geral e a sensação de retorno à nossa amada Terra-Média. Sensação essa que é bem trabalhada, principalmente a partir dos diálogos com as tramas da trilogia que viria por aí na linearidade, mas que nos encantou anos atrás.
    De resto, um roteiro bagunçado e malfeito, que preserva todos os problemas do livro e até os intensifica (do clássico deus ex machina até o ritmo assustadoramente irregular); além do uso de um humor, presente em menor número no filme As Duas Torres, que não é nada bem-vindo.

Nota: 6/10

Nenhum comentário:

Postar um comentário