quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Crítica - As Aventuras de Tintim: O Segredo do Licorne


    Nos últimos meses, o nome de Steven Spielberg vem sendo bastante citado. E não era para menos, o homem trabalhou em 2011! Produziu ''Super 8'' (crítica aqui), o novo Transformers e ''Gigantes de Aço'', e dirigiu ''Cavalo de Guerra'' e esse filme, adaptação dos quadrinhos do francês Hergé. Além, é claro, de alguns outros trabalhos.


    Como todos sabemos, diversão é com ele mesmo e ele cumpre muito bem essa 'responsabilidade' aqui. A sua aventura pelas animações; utilizando da técnica de captura de movimentos, já tão expandida no cinema; se configura um filme competente e uma das grandes derrapadas do Oscar, preterindo-o por um filme ruim como ''Carros 2'', num ano já ruim para o lado dos animadores (o uso da técnica supracitada é a mais provável causa para a não-indicação).


    A história é simples e fácil: o jovem detetive Tintim (Jamie Bell) e seu cachorro Milu juntam-se ao estranho e bêbado Capitão Haddock (o brilhante Andy Serkis) na busca por um grande tesouro, escondido em meio ao passado de um barco que afundou e que era capitaneado por um antepassado de Haddock. Básica, um fiapo e tudo mais, porém tudo o que ela consegue render é para se tirar o chapéu e nem ligar muito para isso.

    Vamos falar o que o filme tem de melhor: a técnica de animação. ELA É LINDA, FANTÁSTICA, COMO EU NUNCA VI IGUAL. Sim, até nos mínimos-imos-imos-imos detalhes, ela é maravilhosa! Pequenas gotas de suor, textura de pele, pelos da sobrancelha... Tudo está ali, visível e chegando tão perto da realidade (esqueça Avatar e lembre-se para sempre da parte no deserto e na África). O CGI como deve ser usado e usado por quem sabe, né Spielba?


    Além disso, as sequências de ação são divertidas, emocionantes e muito bem dirigidas; empolgam bastante. Outros pontos positivos e que vale recordar são as eficientes partes cômicas, a boa trilha de John Williams e as saltitantes referências à outros clássicos do diretor: Indiana Jones (claríssima), Tubarão... Nostálgico, hilário e adorável.


    Entretanto, como eu já havia dito, o roteiro é bem básico (até demais), o que lhe enfraquece um pouco. Isso sem contar a ingenuidade (bobice, para ser exato) excessiva de alguns momentos, que destoavam de um filme que aparentemente foi feito para crianças 'nem-tão-pequenas-assim'. A sensação que fica é a de uma diversão passageira, um deslumbre técnico e decepção por aquele final tãão anti-climático.           Nota: 7/10

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